A história do cemitério de animais no Parque Ibirapuera 🐾
Se você já teve a oportunidade de passear pelo Parque Ibirapuera, é provável que tenha notado a presença de uma imponente cruz de pedra ao lado do restaurante Selvagem. No entanto, muitos se enganam ao pensar que se trata de um local de orações. Na verdade, essa cruz está associada a um antigo cemitério de animais. Sim, você leu corretamente, um cemitério exclusivamente dedicado aos nossos queridos amigos de quatro patas.
A origem do cemitério 💭
O cemitério foi estabelecido em 1929, depois que um grupo de moradores de São Paulo se uniu à União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), a mais antiga sociedade civil brasileira, fundada em 1895. A organização decidiu construir, na antiga Rua França Pinto, o primeiro hospital veterinário e cemitério de animais da cidade.
Região desvalorizada 🏞️
Na época, a região do Parque Ibirapuera ainda não era valorizada como nos dias atuais, e terrenos estavam disponíveis em grande quantidade. O cemitério ocupava aproximadamente 13.200 metros quadrados, oferecendo um espaço dedicado a cuidados veterinários e um local de repouso para animais queridos. Famílias que desejavam proporcionar um adeus adequado aos seus animais de estimação encontraram nesse cemitério um lugar especial.
Os túmulos variavam em estilo e tamanho, assim como ocorre em cemitérios destinados a seres humanos. Alguns deles eram impressionantes, assemelhando-se a sepulturas de pessoas.
O impacto da inauguração do Parque Ibirapuera 🌳
Em 1954, a inauguração do Parque Ibirapuera pressionou a UIPA a buscar um novo local para operar. A região ao redor do parque estava se valorizando, tornando incômoda a existência de um cemitério ao lado de um espaço público tão importante.
Desapropriação e mudanças 🏗️
Por determinação do então prefeito de São Paulo, Figueiredo Ferraz, a área ocupada pela UIPA e pelo cemitério de animais no Parque Ibirapuera passou por desapropriação em 1972. A UIPA foi relocada para a Marginal Tietê, onde continua até os dias atuais. Infelizmente, durante esse processo, quase todos os túmulos foram destruídos, restando apenas dois que ainda estão no local, como uma lembrança do extinto cemitério.
Hoje em dia, esses dois túmulos estão preservados como monumentos. Um deles, notável por seu tamanho imponente, pertence a um pastor-alemão. O outro, a poucos passos de distância, é um pequeno obelisco que marca o repouso de um animal chamado Pinguim. Ambos os túmulos possuem inscrições com as datas de nascimento e morte dos animais, além de breves epitáfios escritos por seus tutores.
Conclusão 💔
A história do cemitério de animais no Parque Ibirapuera é um lembrete emocionante do amor incondicional que temos por nossos animais de estimação. Apesar das mudanças e desafios, a memória desses animais continua viva, preservada nos monumentos que resistem ao tempo.
Perguntas Frequentes 🐾
1. O cemitério de animais ainda existe no Parque Ibirapuera?
Não, o cemitério de animais foi desapropriado em 1972 e a área foi transformada.
2. Quais animais eram enterrados no cemitério?
O cemitério era destinado a animais de estimação, como cães e gatos.
3. Por que o cemitério de animais foi desapropriado?
A região ao redor do Parque Ibirapuera estava se valorizando, e as autoridades locais viam o cemitério como um incômodo para a reputação do parque.
4. Visitar os túmulos dos animais é permitido?
Sim, os dois túmulos preservados no Parque Ibirapuera podem ser visitados e são considerados monumentos históricos.