A grandioso 35ª Bienal de Arte de São Paulo
A aguardada Bienal de Arte de São Paulo começa nesta quarta-feira, 6 de setembro, no prédio da Bienal, localizado no Parque Ibirapuera, na capital paulista, e promete revolucionar a forma como os visitantes percebem o mundo ao redor. Com uma incrível temática intitulada “Coreografias do Impossível”, a Bienal deste ano convida os presentes a se movimentarem por entre os sons dos ambientes e das obras expostas, desafiando a concepção linear do tempo e explorando a noção de múltiplos inícios e retornos.
“Esse ciclo de inícios e retornos nos permite enxergar as estratégias que desafiam o impossível no cotidiano, e são essas estratégias e ferramentas para tornar o impossível possível que encontraremos nas obras dos artistas”, afirmam os curadores em um texto sobre esta edição da mostra.
Movimentos e sons
Ao entrar no prédio da Bienal, somos envolvidos por uma profusão de sons que preenchem diversas salas e andares. Nesse ambiente imersivo, poderemos apreciar 1,1 mil obras de 121 artistas, todas desenvolvidas para explorar os sentidos e discutir sobre as urgências que permeiam o mundo atual. A co-curadora Grada Kilomba ressalta como o som e o movimento se conectam intrinsecamente: “O som está sempre ligado ao movimento. A musica é criada através do movimento no espaço, a forma como nós ritmamos e como atravessamos o espaço e o tempo é que cria a música”, Grada explica.
Ela destaca também que a disposição dos objetos no espaço expositivo cria ritmos para as coreografias propostas. “Nesse espaço da Bienal onde estamos, o som também está presente na coreografia dos objetos que estão suspensos no ar. Eles têm um ritmo para serem vistos, que são vistos em seguida e, depois, há uma pausa e, depois, há um crescendo, e a música aparece, mesmo sem ser audível.”
A floresta de infinitos
Um dos destaques da Bienal é a obra intitulada Floresta de Infinitos, criada por Ayrson Heráclito e Tiganá Santana. Esta instalação convida os visitantes a mergulharem em uma mata sagrada, povoada de vidas materiais, inanimadas ou ancestrais. Os artistas explicam: “Discutindo sobre as nossas florestas interiores e também gritando pela preservação da natureza, a floresta é um labirinto de bambus, espelhos, ruídos, projeções e baixa iluminação. E que convida o público a coreografar por entre seus sons, cheiros e urgências”.
Tiganá Santana reforça a importância de ativar a interação sensorial e sinestésica do público com a obra. “A ideia é que essa instalação toda reacenda essas florestas interiores, com os abismos e mistérios. Por isso ela é sinestésica e sensorial, para ativação do corpo. Ela não se pretende explicativa ou informativa. A ideia é que ela se comunique com os corpos diversos aqui. Que florestas as pessoas verão? Que ideia de natureza, ou de morte, ou de vida, ou de encantamento as pessoas em contato com essa obra terão?”
Protagonismo do visitante
O projeto arquitetônico e expográfico da Bienal, desenvolvido pelo escritório Vão, propõe um novo fluxo para o visitante, no qual ele assume o protagonismo de todo o processo. O vão central do Pavilhão Ciccillo Matarazzo será fechado pela primeira vez na história, desafiando a concepção arquitetônica de Oscar Niemeyer. O intuito é que o visitante construa sua própria experiência, interagindo de forma ativa e criativa com as obras.
Título 1
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Título 2
“Nessa edição, a Bienal será formada por diversos coletivos e movimentos sociais, como a Sauna Lésbica e a Ocupação 9 de Julho, que tomará conta da cozinha do evento, promovendo uma alimentação por meio de uma cadeia produtiva de agricultura familiar”, reforça a curadora Grada Kilomba.
Título 3
A Sauna Lésbica – uma instalação no subsolo do edifício – traz em sua fachada um letreiro em neon com o nome do projeto. A obra foi construída com base em políticas de esquecimentos e silenciamentos, visando proporcionar um espaço de escuta e diálogo. Malu Avelar, uma das artistas da Sauna Lésbica, reflete: “O que vai ter aqui na sauna, para além do espaço estético que foi produzido por esse coletivo, é um lugar de escuta.”
Conclusão
A grandiosa 35ª Bienal de Arte de São Paulo oferece uma oportunidade única para explorar novas perspectivas, movimentar-se entre sons e objetos, e interagir com obras e instalações que desafiam os limites do impossível. Esta edição coletiva e imersiva promete apresentar uma jornada multisensorial e repleta de significados. Se você deseja participar desse evento incrível, não deixe de conferir a programação completa no site da Bienal e prepare-se para vivenciar experiências únicas.
Perguntas Frequentes
– Qual é o tema da Bienal deste ano?
R: O tema desta edição é “Coreografias do Impossível”, convidando os visitantes a se movimentarem por entre os sons dos ambientes e das obras expostas.
– Até quando a Bienal estará aberta ao público?
R: A exposição estará aberta ao público no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, até o dia 10 de dezembro. A entrada é gratuita.
– Quais são os principais destaques e instalações presentes na Bienal?
R: Destaques incluem a instalação “Floresta de Infinitos”, a Cozinha Ocupação 9 de Julho e a Sauna Lésbica, entre outras obras coletivas e movimentos sociais participantes.